Esperando a XXVIII edição dos Jogos Internacionais da Juventude Salesiana

Esperando a XXVIII edição dos Jogos Internacionais da Juventude Salesiana

Sevilha (Espanha). No dia 31 de março de 2017, no Metropol Parasol “Las Setas” de Sevilha (Espanha), foi apresentada a vigésima sétima edição dos Jogos Internacionais da Juventude Salesiana.
As Filhas de Maria Auxiliadora da inspetoria “Maria Auxiliadora” (SSE) estão organizando e preparando, com muitos leigos e leigas, jovens e adultos este grande evento esportivo.
São já quase 1200 os adolescentes atletas que, animados por cerca de 400 jovens animadores, provenientes de toda a Europa e do Líbano, se aventurarão esportivamente em basquete, voleibol, tênis de mesa e futebol. Fervem os preparativos, toda a cidade de Sevilha está envolvida porque será um tempo, de 10 a 15 de maio de 2017, de ‘coração oratoriano’, de presença com os jovens, de pátios cheios de exuberância.
Será também ocasião de integração social a partir do esporte, de construção de laços de paz: ocasião para potencializar o movimento esportivo salesiano europeu e para dar sempre mais credibilidade ao esporte salesiano, estando do lado dos meninos e meninas mais frágeis.

Uma oportunidade também para se preparar e refletir sobre o valor salesiano do esporte (Elena Rastello).

Um esporte que sabe esperar onde a esperança é pequena entre os jovens
Pensando em minha experiência salesiana na Itália e, especialmente, na África, onde vi se escancararem amplas visões de encontro e caminho feito juntos, compartilhando vida e esperança com grande número de jovens, adolescentes, pequenos, pobres, abandonados, exuberantes, em perigo nos riscos da vida, cheios de recursos internos, tocados pelo esforço da vida, porque sem muito futuro, resilientes... Nos submundos das favelas e nas vastas periferias, lá onde é difícil conjugar o verbo “esperar”, em pátios pobres de coisas e abarrotados de jovens.
Pensando em minha experiência salesiana e nas expectativas dos jovens pobres desta Europa, e destaco algumas opções para um esporte que restitua esperança. 

Crer na força transformadora dos jovens educadores (“alleducatori”)

Foram anos de vida salesiana nos quais cresceu a convicção-certeza de que o esporte é escola de vida. Em estilo oratoriano, entre torneios organizados a tempo pleno, em campos de futebol de areia quente e campos de basquete de cimento arrebentado, debaixo de sol tórrido... e muita formação de jovens educadores (“alleducatori”).
Caminhamos com jovens que, treinando e refletindo no “campo esportivo da vida diária”, se prepararam para se tornarem realizadores de transformação social a partir ‘de baixo’, gastando tempo e energia para treinar os pequenos, os mais pobres, os grupos em maior perigo, preparando torneios para poder encontrar jovens e povo, para conscientizar a sociedade sobre as dificuldades dos jovens, a exclusão, a paz e a justiça, para tornar mais visível a vida nas favelas das megalópoles africanas. 

Crer em um “pátio” de relações geradoras diárias
Lugar privilegiado dessa atividade educacional foi e é o pátio, entendido não tanto no sentido físico, quanto no seu significado de presença com os jovens, capacidade de convivência de quem se relaciona continuamente, de modo imediato, através de gestos personalizados.
Muitos dos melhores atletas, muitas vezes, cresceram e crescem em pequenos pátios de oratório, às vezes em becos e pracinhas ou em estradas poeirentas, percorridas por quilômetros para ir e voltar da escola, lugares onde a amizade é a consequência lógica de uma corrida juntos, de quatro chutes na bola e um jogo-treino. 
O pátio é assim “espaço privilegiado de relações”, ambiente que Dom Bosco nos deu como segredo, para chegar ao coração dos jovens, especialmente dos mais ‘distantes’... e para viver a filosofia do pátio, típica do carisma salesiano, que tem um fascínio especial: está aberto a todos os jovens e ao jovem todo, aos mais facilmente excluídos, com tudo o que são e vivem.

Crer em um esporte animado a partir “de baixo” com otimismo salesiano
A filosofia do pátio procura novas oportunidades para tornar o jovem protagonista, mas nunca de maneira solitária. A filosofia do pátio personaliza movimentos e comportamentos, em uma harmonia que convida a participar e a compartilhar com todos, também no momento do confronto. O pátio é um grupo que joga, sem distinção de times: a diversidade está somente na cor das camisetas! No pátio, com o coração de Dom Bosco, podemos experimentar modalidades educacionais novas e um modo novo de fazer esporte a partir “de baixo”, começando com coisas simples ao alcance de todos. Hoje, nos campos esportivos da Europa, podemos viver – simplesmente, concretamente – o otimismo educativo e construir, juntos, um amanhã pelo esporte.

Crer em adultos capazes de sonhar e cumprir promessas
O otimismo educativo nunca é mercadoria a bom preço... Hoje, não menos do que ontem, na vida, como no esporte, há necessidade de adultos otimistas, corajosos, empreendedores.
E que testemunho de otimismo educativo nesta empresa, se não aquele homem que desafiava e vencia os jovens do oratório na corrida, ele já nos seus cinquenta anos, corria e vencia?  Que ia pra frente até a temeridade? Que gastava sua vida em todos os frontes, para levar um só coração a Deus?  Onde está aquele homem com suas visões? A Patagônia e as planícies argentinas, os Andes e a Terra do Fogo, espaços imensos e trabalho incessante, riscos e aventura, coragem e firmeza... onde estão aqueles homens e aquelas mulheres que, jovens, atravessaram o oceano com um grande ideal no coração?  As visões de Dom Bosco não eram miragens: aquele homem cumpriu as promessas e “lançou” a vida daqueles jovens por um grande ideal.

Acreditar na capacidade de aventura dos jovens marcados pela fragilidade
Uma pergunta ainda, pensando no desafio que o esporte espera ao lado dos jovens mais pobres: quanto acreditamos em realizar esporte com as novas gerações? Digo isto voltando, ainda uma vez àquele homem, que incendiava a existência de sentido e desencadeava as vontades juvenis para enfrentar qualquer sacrifício, para levar um coração a Deus?  Ele e a sua fantasia, seus jogos de menino, seus espetáculos e seus sonhos.  Onde está o homem que amava os jovens e como um vento os arrastava: para eles abria estradas novas e confiava neles? Não temia os jovens, sua energia, suas ideias, suas revoluções:  era mais jovem do que eles, estava um passo à frente deles, ele, ancião, um passo mais à frente... disposto a mudar, pronto a qualquer cansaço para além das leis naturais. Aquele homem descobriu o caminho para se fazer santo amando o que agrada aos jovens.

Na Europa de hoje, sonhada pelo Papa Francisco como capaz de mudar rota, a escolha do esporte salesiano de partir com paixão da juventude mais fraca, mais confusa e desorientada será certamente profecia evangélica, segundo o coração de Dom Bosco.

http://pgsisevilla2017.es/

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